As manifestações golpistas do dia Sete de Setembro é o sintoma latente que o nosso País sofre de uma doença grave. O fanatismo político, quase religioso em torno de uma figura abjeta, corrupta e desumana como Bolsonaro revelou ao longo desses dois anos o desejos inconfessáveis de ratazanas reacionárias que deveriam permanecer no esgoto profundo.É um fenômeno político que repete com menos intensidade o fanatismo nazi fascista dos anos 30 com pitadas de caudilhismo vagabundo e apoios regados a dinheiro público. Vide o grande desmanche institucional que é promovido por Arthur Lira, PP, Centrão e outros parlamentares menos republicamos que preferem o dinheiro de nossos impostos do que realizar o básico: defender a nossa democracia. Ao que parece, apenas o Ministro do STF Alexandre de Moraes se preocupa com ela. Para o ódio e ranges de dentes dos “patriotas” mofados.
Depois de quase 600 mil mortes e uma condução desastrosa e perversa na pandemia que deu voz a deputados charlatães e profissionais médicos criminosos causa ojeriza que este governo continue de pé. Em qualquer nação democrática do mundo Bolsonaro já teria caído e sido detido por suas ações no maior desastre sanitário da história do Brasil.
Somente esse morticínio seria o suficiente para dar um chute dos fundilhos do fã número zero do torturador Brilhante Ulstra, mas existiu ainda uma clara interferência da Polícia Federal, o encobrimento dos crimes do Flavio Bolsonaro e de um suspeito empreendimento familiar milionário de peculato. As conhecidas “rachadinhas”.
Também ocorreu os orçamentos secretos, na casa de bilhões de reais que fizeram o Mensalão parecer um mero assalto na padaria da esquina. Tudo para deputados fanfarrões manterem um desqualificado farsante na presidência.
Curioso que Bolsonaro foi eleito para combater a corrupção. No final se revelou um estelionatário que sempre fez parte do sistema que jurou combater. Provocou a demissão de Moro, nomeou Aras para exterminar a operação Lava Jato e no final disse com orgulho que pertencia a mesma quadrilha que repudiou nas eleições em 2018. A nomeação do mensaleiro e réu Ciro Nogueira no Ministério mais importante da República foi a pá de cal.
Portanto é curioso que em pleno século XXI vejamos ainda pessoas se comportando como meros peões de um bizarro tabuleiro político. Que buscam uma idolatria capenga e patética a Bolsonaro e repetem suas mentiras e bravatas como se fossem uma frase bíblica, mas que na verdade se assemelham mais ao diário de Fernandinho Beira Mar.
Já vimos isso antes na Alemanha e na Itália nos anos 30 do século XX e como tudo terminou. Esse carnavalesco sebastianismo brasileiro regado com pitadas de fascismo verde oliva representa todo o atraso de que não queremos repetir. Nossa democracia em construção que foi recuperada há 36 anos, não pode ser jogada no lixo para atender aos anseios de frotistas ressentidos, corruptos milicianos e amantes de torturadores que tem pouco apreço pela liberdade e debate de contrários.
Bolsonaro é o pior Presidente da história do Brasil desde que os primeiros caciques indígenas começaram a mandar por essas terras. Um ser desumano e infame. Um período sombrio e se Deus quiser curto na nossa história.
Ver brasileiros de verde amarelo desfilando uma micareta macabra a favor de um patife no dia que deveria ser apenas de celebração nos causa náuseas e espanto. Nenhum ser humano decente deveria manchar a nossa bandeira a favor de um canalha corrupto e negacionista.
Em que Planeta eles vivem? Provavelmente numa esfera ao redor do sol em que o botijão de gás não custe mais de cem reais e onde a inflação, o preço da gasolina e o desemprego estão controlados.
Saudosistas da ditadura militar deveriam voltar ao esgoto e aceitarem que o Brasil caminhará firme em sua democracia, aos trancos e barracos mas não se renderá e nem ficará inerte perante a esse descalabro populista ardiloso.
Nossa independência aconteceu do dia Sete de Setembro de 1822. Não teremos mais nenhuma, apesar de insidiosos reacionários de extrema direita tentarem se apoderar de nossas bicentenárias cores e deformarem a nossa história. O vírus que nos aflige será controlado. Não apenas o corona, mas também a peste da irracionalidade, da ignorância e do ódio.
Independência ou morte!