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RESUMO DA ÓPERA 23/05/2013

23/05/2013

Olá leitores. Por causa de um modem quebrado fiquei duas semanas sem poder escrever no blog. Bem, com tudo arrumado poderemos comentar o que aconteceu durante esses dias turbulentos. O resultado? O maior “Resumo da Ópera” de todos os tempos aqui no blog.

As Loucuras do Rei Juvenal

Juvenal: coletiva vergonhosa

Juvenal: coletiva vergonhosa

Todos os internautas que acompanham o meu blog estão cansados de saber que não morro de amores pelo presidente do São Paulo, o intragável Juvenal Juvêncio. O golpe estatutário foi a confirmação de uma ditadura medonha que se apoderou do clube e agora constatamos as trágicas consequências dos conselheiros adotarem um cartola caudilho.

Na semana passada o cidadão afastou 7 jogadores logo após a humilhante eliminação contra o Galo na pior campanha do São Paulo na história da Libertadores.

Os culpados? Atletas que acabaram de se recuperar de graves contusões e outros que mal foram aproveitados no time titular neste primeiro semestre.

Outro imenso atestado de “genialidade” do cartola tricolor, que covardemente aponta “culpados” como se o Cañete tivesse culpa do Lúcio ser um zagueiro transloucado e do Nei Franco sempre colocar o Douglas. Ao expor desnecessariamente alguns jogadores, Juvenal deu uma aula de anti marketing esportivo e desvalorizou o próprio produto.

A atitude de Juvêncio, claramente demagógica é uma imensa piada de mau gosto e revela porque o tricolor paulista perdeu o baluarte do pioneirismo para outros clubes do futebol brasileiro. Como previmos, o terceiro mandato do atual presidente são paulino se tornou um desastre e o torcedor são paulino vai ter que aturar muitas besteiras até Abril de 2014 infelizmente.

O Trio de Ferro Dançou na América

Riquelme: o carrasco do Brasil na Libertadores

Riquelme: o carrasco do Brasil na Libertadores

Depois da eliminação do São Paulo na Libertadores, mas dois times do chamado “Trio de Ferro” de São Paulo também não conseguiram passar para as quartas de final da Libertadores.

O Palmeiras com um time limitadíssimo chegou até longe na competição. Sem nenhuma grande estrela e contando apenas com atletas dedicados e esforçados, o clube do Parque Antártica tinha chance de superar os estreantes do Tijuana. Mas uma falha grotesca do goleiro Bruno pôs tudo a perder. O time de Gilson Kleina que já era mediano, não teve a capacidade de reagir. Somente “raça” e “sangue nos olhos” não ajudam a vencer uma partida de futebol. É necessário também aprender a chutar, a dar passes precisos e ter um pouco de talento. Caso contrário, que se monte uma equipe de atletismo e não um time de futebol. A triste realidade da série B chegou de vez ao Verdão. Que saia dessa com dignidade a partir de agora.

Bruno: frango avassalador

Bruno: frango avassalador

O Corinthians, atual campeão do mundo foi eliminado pelo Boca Juniors na Taça Libertadores da América. Em parte porque fez uma péssima partida no estádio La Bombonera no jogo de ida. Porém na volta, o responsável pela desclassificação alvinegra se chama Carlos Amarilla. O árbitro, considerado um dos melhores da América do Sul deixou de dar dois pênaltis para os comandados de Tite. Para piorar os auxiliares Cárlos Cáceres e Rodney Aquino marcaram impedimentos absurdos que alijaram o clube paulista na partida. Riquelme num lindo lance encobriu Cássio e marcou o primeiro gol. O espetacular Paulinho empatou, mas o conhecido estilo de jogo do Boca de Bianchi prevaleceu. Não há muito mais o que comentar. Até porque o resultado foi artificial e o árbitro interferiu descaradamente.

Carlos Amarilla: arbitragem vergonhosa

Carlos Amarilla: arbitragem vergonhosa

Isso é ponto pacífico no blog desde o ano passado. As arbitragens da América do Sul são péssimas e estão prejudicando os clubes brasileiros em demasia. O Corinthians foi mais uma vítima da incompetência dos sopradores de apito da Conmebol.

Kaká e Ronaldinho Gaúcho. Para Que?

Kaká e Ronaldinho Gaúcho: preteridos

Kaká e Ronaldinho Gaúcho: preteridos

A não convocação de Kaká e Ronaldinho Gaúcho para a Copa das Confederações repercutiu. Muitos torcedores e jornalistas não entenderam o porque dos dois atletas não estarem na lista que vai ao torneio de Junho já que ambos tem experiência de sobra se tratando da camisa canarinho.

Porém não é preciso fazer uma análise profunda e descobrir porque ambos não foram relacionados por Scolari.

Ronaldinho Gaúcho teve uma grande fase na seleção brasileira de 2002 até 2005. Depois da Copa de 2006 o seu futebol degringolou e o atual jogador do Atlético Mineiro se mostrou um atleta baladeiro e desinteressado em atuar com a camisa do Brasil. Com atuações medonhas, o prestígio dele com o treinador Dunga decaiu depois do fracasso na Copa da Alemanha. Nem mesmo a “carteirada” que Ricardo Teixeira deu na Olimpíada de Beijing fez o futebol de Gaúcho melhorar. O resultado é que ele não foi chamado para a Copa de 2010 e seu comportamento fechou as portas da Europa para ele. Mesmo voltando a jogar bola no Brasil depois de uma passagem turbulenta pelo Flamengo, Ronaldinho Gaúcho foi convocado para a seleção e continuou com a mesma apatia e falta de liderança. Scolari o convocou para o amistoso contra a Inglaterra e não gostou nada do que viu. Talvez seja um recado velado ao atleta. Talvez não. Conhecendo o modo de pensar de Felipão pode ser que os dias de Ronaldinho Gaúcho com a camisa da seleção estejam definitivamente acabados.

Kaká teve uma grande fase no Milan em 2007. Ajudou a equipe Rossoneri a faturar o quarto título mundial e foi escolhido o melhor jogador do mundo no mesmo ano. Mas parou por aí. Kaká, a exemplo de Gaúcho também alternou bons e maus momentos com a seleção. Não foi um primor nas duas copas que disputou em 2006 e 2010 e atualmente é reserva no Real Madrid sem repetir as grandes atuações do passado. Kaká também parece não se preocupar com a sua carreira na parte técnica e sim financeira. Tanto faz se ele poderia atuar no Brasil e melhorar seu futebol para voltar a seleção. O bom mesmo é ficar na reserva do Real e continuar a ganhar milhões de euros. Kaká perdeu o foco.

As seguidas contusões e a atuações pífias no Real atrapalharam uma possível convocação.

Isso significa que os dois estão descartados? Provavelmente. Talvez Scolari esteja fazendo um teste de fogo para os novatos, talvez não. Mas é impossível saber o que se passa dentro da cabeça do treinador gaúcho.

Lembremos que ele deixou de convocar Alex com quem trabalhou no Palmeiras para chamar Edílson para a Copa de 2002 . O mesmo que fez as provocantes embaixadinhas na final do campeonato paulista de 1999 e que inclusive foi xingado por Scolari numa palestra captada pelo microfone de repórteres. Vai entender…

Finais dos Campeonatos Estaduais

Corinthians:hegemonia em São Paulo

Corinthians:hegemonia em São Paulo

Num dos campeonatos paulistas mais desinteressantes de todos os tempos, venceu o time com melhor capacidade. O torneio foi se arrastando ao longo de 3 meses com poucos jogos relevantes e fracasso vergonhoso de público. Os estaduais são cadáveres insepultos do futebol brasileiro e pelo andar da carruagem os bizarros cartolas continuarão a atrapalhar o calendário como zumbis do Walking Dead.

O Corinthians chegou a final na base do banho maria, pois se preocupou mais com a Taça Libertadores. O Santos de Muricy, mal se sabe como foi para a decisão pois tinha um time limitado e com um Neymar pouco inspirado e irritado pelas badalações em torno da sua vida profissional e privada.

No primeiro jogo no Pacaembu, o treinador santista abusou do “Muricybol “e colocou Marcos Assunção para fechar o meio de campo e aproveitar as bolas paradas como é do feitio de todos os clubes dirigidos pelo Muricy.

Porém, o Corinthians deu um banho no Santos. Não fosse o goleiro Rafael o Peixe teria saído de São Paulo com uma goleada. O alvinegro da capital deu um banho tático e Paulinho atuou monstruosamente. Neymar foi anulado. Na Vila na segunda partida da decisão, não foi muito diferente. Apesar do ímpeto inicial e do gol de Cícero, o Corinthians controlou as ações da partida. Danilo empatou logo em seguida e teve toda a tranquilidade para afastar as investidas santistas até o apito final. Destaque negativo para as lamentáveis cenas de pancadaria realizado pela Polícia Militar antes do início do jogo. Às vésperas de uma Copa das Confederações é lamentável que ainda se veja momentos escabrosos assim.

É o vigésimo sétimo titulo paulista do time do Parque São Jorge. O maior campeão paulista do século passado e por enquanto deste centenário também. O Santos não fez nada de relevante durante todo o torneio para repetir o feito do Paulistano, por enquanto o único time que conseguiu faturar o tetracampeonato paulista. O troféu está em boas mãos.

Quanto aos outros estaduais não houve maiores novidades.

Botafogo: título de cabo a rabo.

Botafogo: título de cabo a rabo.

O Botafogo ganhou de braçada no Rio. Em parte porque Vasco e Flamengo enfrentam sérios problemas administrativos e o Fluminense quase pedia pelo amor de Deus para não participar da competição. Ponto para a postura de Clarence Seedorf que jogou no time da estrela solitária como se fosse um garoto e estivesse atuando no sub-20 do Ajax. Um profissionalismo invejável e que serve de exemplo para muitos garotinhos mimados a leite com pera que se alastram como peste no futebol brasileiro.

Em Minas… Ah! Que novidade… A final foi entre Atlético Mineiro e Cruzeiro. Deu Galo, bicampeão mineiro.

Em Goiás…deu Goiás.

No Ceará…deu Ceará.

No Rio Grande do Sul deu Internacional. O primeiro título de clube do treinador Dunga e que a exemplo do Botafogo ganhou de braçada o título do Gauchão. Ponto negativo para o badalado Grêmio de Vanderlei Luxemburgo que apesar de fazer contratações milionárias não conseguiu chegar à final dos dois turnos.

Dunga: primeiro título regional

Dunga: primeiro título regional

No Paraná outra super novidade (Modo Irônico Ligado). O Coritiba ganhou o seu quarto título estadual seguido em cima de seu maior rival. Nem tanto, pois estranhamente o presidente Mauro Celso Petraglia fez o time do Atlético Paranaense atuar no torneio com seu  Sub-20.

Agora me falem qual o propósito de deixar o time titular encostado e não pegar ritmo de jogo para o campeonato brasileiro que começa na semana que vem?

Será que Petraglia esconde um super time para o torneio nacional? Teremos um novo Barcelona jogando no Sul do país? Aguardemos.

Na terra de todos os santos, o Vitória conquistou o torneio estadual. Mas não precisava humilhar tanto o Esporte Clube Bahia. No primeiro jogo da decisão um histórico 7 x 3. Isso porque nas fases anteriores o rubro negro já havia metido 5 x 1 na Arena Fonte Nova. Fora a chuva de caxirolas em outra derrota do tricolor baiano por 2 x 1.

Se antes dos anos oitenta o Bahia era o time hegemônico no estado, hoje a situação é bem diferente. A partir dos anos noventa o Leão da Barra começou a equilibrar as conquistas pau a pau com o seu adversário. Porém a partir dos anos 2000 o Vitória começou a prevalecer no estado. São 9 títulos do rubro negro contra apenas dois do Tricolor de Aço.

Em tempo, não sou contra o fim dos estaduais. Apenas defendo que se diminuam as datas dos mesmos. Campeonatos desinteressantes e semimortos não podem se arrastar por 3 meses como se tivessem a mesma importância do passado.

O glamour desses torneios virou história. Insistir em reviver algo que não pode ser repetido é um imenso atestado de burrice, atraso e teimosia.

OS ESTADUAIS FALIRAM

26/10/2012

Marin e Marco Polo: coluio e calendário bagunçado

Há anos se discute o mau gerenciamento da CBF no calendário do futebol brasileiro. Os jogos da seleção  fora das datas Fifa e a ida constante de jogadores para partidas “monumentais” contra seleções do Gabão e China, desfalcam os clubes, desgastam os atletas e prejudicam o andamento técnico do próprio torneio organizado pela entidade. A CBF atua contra o seu próprio produto.

Tudo isso para favorecer os seus pares nas federações estaduais. Ontem o Conselho Arbitral da Federação Paulista decidiu que campeonato paulista terá quatro meses de duração. A competição se inicia em janeiro e terminará no mês de maio.

Infelizmente somente a cartolada ainda não percebeu que os campeonatos estaduais são torneios que perderam o seu velho prestígio ao longo dos anos.

O mundo mudou, o país também. Se as dimensões continentais do Brasil favoreciam a disputa de torneios regionais no passado, hoje com toda a modernidade, tecnologia e desenvolvimento que a nação teve, outros torneios como a Copa do Brasil, Campeonato Brasileiro, Libertadores e Sul Americana dão mais prestígio aos clubes e satisfação às suas torcidas.

Os campeonatos estaduais devem continuar, mas não no formato de hoje. Melhor seria se tivessem no máximo um ou dois meses de duração, com torneios e grupos eliminatórios estilo Copa do Mundo. Assim sobrariam mais datas para que a CBF ajustasse os amistosos da seleção em jogos Fifa e pudesse paralisar o campeonato brasileiro sem prejudicar os clubes nacionais que cedem atletas ao selecionado canarinho.

O que se fez com o Santos Futebol Clube foi um crime. O alvinegro da Vila Belmiro paga milhões para Neymar atuar com a camisa do peixe. No entanto, o atleta joga pouco pelo seu clube para atuar na seleção brasileira. Esse ano, entre amistosos, treinos e torneios como a Olimpíada, o camisa onze deixou de participar de partidas importantes pelo Santos. Resultado, o time perdeu fôlego e o principal atleta do Brasil na atualidade não conseguiu render cem por cento.

Esse ano vimos um Neymar totalmente extenuado na Libertadores e na reta final de campeonato brasileiro. O Santos saiu prejudicado. Outros clubes como o São Paulo sentem a falta de rendimento de Lucas. Tudo pela temporada estafante e mal planejada pela CBF que em coluio com as federações estaduais permitem que um torneio regional tenha quatro meses de duração.

Hoje os campeonatos estaduais estão falidos, sem exceção. Se antes muitos times preferiam ganhar o campeonato paulista do que vencer a Libertadores, hoje a situação é totalmente inversa.

As equipes do interior de São Paulo viraram verdadeiros “clubes sanguessugas”. Dependem da renda de dois jogos em casa contra os times grandes para bancar os seus elencos durante um semestre. Majoram absurdamente o preço dos ingressos quando jogam contra Corinthians, São Paulo, Palmeiras e Santos.

No entanto quando jogam entre si os clubes chamados “caipiras” não levam nem 2000 pessoas aos seus estádios, mesmo com o preço normalizado.

No Rio de Janeiro um modelo bem sucedido e curto de disputa do estadual acaba de ser alterado pela Federação Carioca. Além de mais datas, o campeonato carioca inchou.

É a falência total do modelo atual dos torneios regionais. Não adianta forçar a barra. Os campeonatos estaduais estão falidos. Somente as federações não aceitam o fato. São teimosas e intransigentes. Tempos gloriosos do passado não irão mais voltar.

Vinte e três datas com partidas contra times como Penapolense,Olaria,e Atlético Sorocaba é perda de tempo e dinheiro. Os clubes grandes do Brasil pagam para jogar as competições estaduais porque a torcida não vai assistir jogos de baixo nível técnico. O borderô das equipes ficam zeradas.

Embora todos esses problemas sejam mostrados os campeonatos estaduais nesse formato longo vão continuar por muito tempo. A estrutura viciada do futebol brasileiro não permite mudanças radicais e os clubes morrem de medo de romper com os cartolas, desunidos e incompetentes que são.

Por incrível que pareça a Federação Paulista paga muito melhor os seus times do que a Conmebol. Enquanto isso não se alterar, a situação permanecerá a mesma, pois no futebol quem manda é o dinheiro. Se Nicolas Leoz tirar o escorpião do bolso, quem sabe.

Marco Polo Del Nero, presidente da Federação Paulista de Futebol agora tem mais prestígio que nunca. Além de ocupar a vice presidência da CBF, o mandatário ainda ganhou o cargo de membro executivo da Fifa. É o sucessor natural de José Maria Marin no comando do futebol brasileiro. O dirigente ganhou mais poder com a renúncia de Ricardo Teixeira.

Como se vê a questão ainda está longe de terminar e vai piorar ainda mais com a Copa do Brasil estendida para o ano todo em 2013, com Libertadores, Brasileiro e Sul Americana.

Enfim, no futebol brasileiro não há nada ruim que não possa piorar.

FIM DE SEMANA DO FUTEBOL

28/02/2012

Fluminense: show na final da Taça Guanabara

Ao longo do começo de temporada do futebol brasileiro muito se escutou que os campeonatos estaduais são uma “porcaria” e estão com os dias contados. Concordo em parte. Um time grande disputar mais de 4 meses um campeonato regional é uma insanidade. Os estaduais deveriam diminuir suas datas. O futebol brasileiro mudou junto com o resto do planeta. A globalização e a facilidade das comunicações fizeram com que o torneios mais importantes como a Copa do Brasil, Campeonato Brasileiro e Libertadores se tornassem a prioridade número um dos times brasucas.

Mas nesse final de semana, tivemos um belo exemplo da força dos estaduais, ainda que combalidos. Finais de turno, bons jogos e atuações de gala mostraram que o futebol brasileiro ainda é grande dentro de campo apesar de todos os problemas de organização e os velhos vícios da cartolagem nacional.

Fluminense 3 x 1 Vasco

Abel Braga foi muito criticado por parte de torcida de diretoria do tricolor carioca nesse inicio de temporada. Queriam Renato Gaúcho de volta às Laranjeiras. Um absurdo, já que na minha opinião Renato é um técnico de médio porte. Mas domingo o treinador provou aos torcedores que tem muita balha da agulha. O tricolor carioca fez um grande primeiro tempo contra o badalado Vasco e marcou três gols fulminantes. Wellington Nem infernizou a defesa vascaína e Deco e Fred atuaram de forma magistral. O Vasco acordou tarde e o Fluminense conquistou a Taça Guanabara. Ponto para Abel que tem toda a chance do mundo de formar um timaço este ano. Diego Cavalieri, Deco, Fred, Thiago Neves além de ter Rafael Sóbis, Rafael Moura e Matinuccio como reservas. Se o time der “liga” ninguém segura o tricolor carioca este ano.

Neymar e Ganso: a volta da dupla santista

Santos 6 x 1 Ponte Preta

Depois de um começo de temporada “ameno” no Santos, com a atuação de vários reservas no início de campeonato paulista, o Santos voltou com seus titulares e com o talento de Neymar sobrepujando sobre todos os outros pobres times do interior. Deu pena da Ponte Preta. O peixe deitou e rolou. Um pouco mais de capricho e teria sido de oito, nove ou mais. Apesar do Santos seguir a filosofia “Muriciana” de armar jogadas com a bola parada, a capacidade do camisa onze santista se adapta a tudo. É impressionante o ritmo e a forma de jogar desse rapaz que melhora a cada dia. O Santos é um candidato forte ao tricampeonato paulista.

o argentino Barcos: dois gols no clássico

Palmeiras 3 x 3 São Paulo

Apesar de ambos os times terem elencos limitados Palmeiras e São Paulo fizeram um belo jogo em Presidente Prudente. O verdão com a sua disciplina tática tradicional armada por Felipão e o São Paulo com a sua ousadia ofensiva. Pena que a defesa do tricolor paulista continue a ser um desastre como no ano passado. Rodholfo “Frankstein” e Paulo Miranda falharam feio, mas Cícero e (pasmem!) Fernandinho tiveram boas atuações. No Palmeiras destaque para a atuação do argentino Barcos que fez dois gols. O primeiro um golaço que deixou os defensores são paulinos no chão. Para quem esperava um jogo duro e difícil o empate com seis gols foi uma bela surpresa.

o goleiro Paulo Sérgio: herói

Caxias 1(5) x(4) 1 Grêmio

Semifinal da Taça Piratini, o primeiro turno do campeonato gaúcho. O Grêmio subiu a serra para enfrentar o Caxias na estréia de Vanderlei Luxemburgo no comando da equipe. Parecia que o clube de Porto Alegre iria vencer após o gol de Kléber. Mas o tricolor gaúcho encontrou muita resistência e valentia por parte da garotada do time do Caxias que empatou o jogo. Na decisão por pênaltis o goleiro grená Paulo Sérgio pegou a cobrança de Marco Antônio e marcou o último. Virou herói e colocou o clube da serra gaúcha na decisão contra o Novo Hamburgo. Um alento para quem dizia que no Rio Grande do Sul só existem dois times.  Grêmio e Inter estão fora da decisão.

Depois dos jogos desse final de semana será que é uma boa acabarem com os estaduais?

NÁU À DERIVA

31/01/2011

A torcida vascaína protesta: derrotas seguidas mostraram os "podres" do clube

Vamos contar uma pequena história. Em São Januário existe um dos principais clubes do futebol brasileiro. Um dos primeiros a aceitarem negros e operários em seus quadros na época em que o futebol ainda era jogado por brancos de paletó e gravara. Um clube vencedor, com uma torcida imensa e que é um dos únicos times do Rio de Janeiro a bater de frente com o time de maior torcida do Brasil por lá. Nas últimas décadas um senhor entrou nos quadros do clube mandando e desmandando em tudo. Achou que era maior que Deus e muitos acreditaram, porque apesar de todas as atitudes antidemocráticas que realizava, o time ganhava títulos, inclusive em seu centenário. Com o tempo, o dinheiro do banco estrangeiro acabou, o time foi murchando e o todos perceberam que o tal “Deus” não passava de um mero mortal de caráter duvidoso.

Surgiu então o “salvador da pátria”. O principal ex-ídolo da história da agremiação que prometia numa tacada só acabar com a farra dos empresários e de devolver a seu torcedor a alegria de títulos e deixar aquele irritante rótulo de “vice de novo” para a zona negativa da história. Passados alguns anos esse clube nem vice é mais e luta a cada campeonato para não ser rebaixado novamente para a segunda divisão. Senhores esse é o Clube de Regatas Vasco da Gama.

A terceira derrota seguida frente ao obscuro Boavista pela Taça Guanabara de 2011 desmascarou e revelou uma faceta que muitos vascaínos custaram a acreditar: a de que o “salvador da pátria” na verdade nunca existiu fora das quatro linhas. Roberto Dinamite é um presidente ruim. Fez péssimas contratações porque entende de jogar futebol mas não de administrá-lo. Por um punhado de euros vendeu Felipe Coutinho a preço de banana para a Inter de Milão e acreditou que Carlos Alberto poderia ser a principal estrela do time depois do acesso a série A. Para piorar, contratou Felipe, Outro jogador problema que deixou seu brilho em algum lugar do passado. O Vasco da Gama hoje não lembra em nada os times gloriosos que venceram quatro títulos brasileiros e uma Libertadores. Apesar de Eurico Miranda ter se afastado do poder, o clube anda pior sem ele. O ditado “caiu na frigideira para cair no fogo” nunca foi tão real para os lados do gigante da colina. A sua torcida não aguenta mais tanto descaso e tanto sofrimento.

Dinamite quis construir  uma saída absurda para estancar a crise em seu clube. Afastou os veteranos problema e contatou o ex-treinador da seleção portuguesa Carlos Queiroz para treinar o time. Ora senhor Dinamite ( a essas alturas do campeonato uma mera biribinha)! Carlos Queiroz? Um treinador medíocre e retranqueiro? Se o presidente cruz maltino quis usar o marketing para acalmar a fúria de sua torcida errou feio o alvo. Pra começar o atual mandatário deveria combater a farra de empresários que tomou conta de São Januário. Profissionalizar de verdade todos os setores do clube e investir pesado na divisões de base sem interferência dos inescrupulosos “agentes”.

Roberto deveria contratar um técnico de verdade e formar um time decente. Por que o lugar do Vasco da Gama não é disputar campeonato para não cair e sim para vencê-lo. Ao mostrar o seu mau gerenciamento, Dinamite só dá argumentos para que o grupo adversário volte novamente ao poder. Sim caros senhores. É dele mesmo que eu estou falando, Eurico Ângelo de Oliveira Miranda. Porque não há nada pior do que você prometer ser diferente do governante anterior e se mostrar igual a ele. Pelo menos o anterior ganhava. Esse será o argumento que o associado vai trazer para as urnas. Alguém no Brasil já ouviu falar em Paulo Maluf e Antônio Carlos Magalhães? Pois é! Apesar de aprontarem muito eles voltam. Eles sempre voltam. Abre o olho Dinamite. Que essa bomba não exploda em suas mãos.

PROVA DE FOGO

03/05/2010

Robinho levanta a taça: o badalado Santos é campeão no sufoco

Alguns e-mais que eu recebi repudiaram o meu post de ontem, quando afirmei que o título do Santos de ontem foi injusto. Alguns deles me chamaram de “invejoso” e rancoroso pelo meu time ter pedido 3 vezes do peixe. Desculpem caros leitores santistas do blog. Não é inveja. Até porque  o único sentimento que meu time merece nesse momento é pena. Também não existe qualquer sentimento de rancor pois o futebol que o peixe apresenta   tanto no paulista como na Copa do Brasil é de encher os olhos de qualquer “amante caliente” do futebol.

Mas não dá pra ficar “babando ovo” como o resto da imprensa esportiva que está  achou o título do Santos maravilhoso porque resgatou o “verdadeiro futebol brasileiro”.  Na realidade, o  peixe foi engolido pelo Santo André e não jogou o suficiente para merecer o troféu. Teve 3 jogadores expulsos estupidamente e apresentou falhas graves na defesa. Se o Santos tivesse ganho o título com tranquilidade aí sim se justificaria toda a badalação.

Mas o alvinegro da Vila Belmiro se salvou ontem pelos talentos de Ganso e Neymar. Craques de futebol que alteram qualquer probabilidade lógica. Só não irão para a Copa porque o treinador da seleção é um sujeito duro, rancoroso e fiel a seus princípios e também aos jogadores que fecharam com ele desde a Copa América de 2007.

Mas uma visão diferente do Santos se apresentou. Uma equipe que tomou um gol logo aos 10 segundos de jogo precisando apenas empatar a partida. Um time que abriu espaços e deixou seu adversário jogar e fazer quatro gols (um anulado) e duas bolas nas trave. Vimos um Dorival Júnior desesperado em segurar o jogo colocando um zagueiro atrás do outro para não perder o campeonato e provocar outra celeuma babaca do futebol brasileiro. A de que time que dá espetáculo não vence campeonatos.  Uma das discussões mais imbecis do futebol mundial.

Isso se arrasta desde 1982 quando a seleção de Telê Santana perdeu para a Itália por 3 x 2 pela Copa do Mundo da Espanha. Como se os italianos tivessem um “timinho” naquela época. Só lembrando que a “azzura” tinha jogadores do porte de Bruno Conti, o líbero Scirea e dos bons atacantes Marco Tardelli e Paolo Rossi. Muitos se esquecem que 4 anos antes na Copa de 1978, a base dessa seleção campeã do mundo de 82 fez uma primeira fase brilhante ganhando todos os seus jogos,  inclusive dos argentinos em pleno Monumental de Nunes ficando em quarto lugar na Copa.

Ontem no Pacaembu o Santos enfrentou o segundo colocado do Paulista, que fez uma excelente campanha no torneio e que tem grandes e jovens talentos como Branquinho, o meio campo Bruno César, o destemperado e provocador atacante Nunes e  o treinador Sérgio Soares.  Ontem quem deu o espetáculo foi o time do ABC que jogou com raça, determinação e bom toque de bola. Um talento coletivo impressionante e que superou os craques da Vila em vários momentos e que por um erro da auxiliar Maria Eliza Barbosa não colocou água no choop na garotada da baixada.

Ontem vimos que o “circo de soleil” falhou e muito num momento decisivo. A segunda derrota seguida do time de Dorival Junior que passa desapercebida pela imprensa encantada.  Não coloco em xeque o talento individual dos garotos da Vila. Aliás,  uma das únicas coisas que encheram os olhos durante o primeiro semestre do futebol brasileiro.  Mas esse time ainda tem falhas gritantes e entra em desespero em momentos  cruciais. A verdadeira prova de fogo será na Copa do Brasil contra o Atlético Mineiro na quarta e na campanha no campeonato brasileiro. Aí sim veremos o verdadeiro grau de amadurecimento do futebol dos meninos.

Porque com todo o perdão da palavra, o campeonato paulista organizado pelo senhor Del Nero é uma merda lascada.

OOOOOO VICE DE NOVO!!!!!

19/04/2010

depois de três vices seguidos o bota finalmente ganha o título carioca: fênix

Finalmente após 3 anos de sofrimento o Botafogo conquista o campeonato carioca em cima de seu maior rival. Mais um título guanabara na galeria do papai Joel Santana. Um dos melhores técnicos do Brasil.  O alvi negro da estrela solitária ressurgiu das cinzas como a Fênix. Entrou o campeonato carioca como a quarta força após se livrar do rebaixamento na última rodada do campeonato brasileiro.  Na taça Guanabara tomou uma humilhante goleada do Vasco em pleno Engenhão por 6 x0 e entrou em parafuso. Até mesmo um torcedor da estrela solitária queimou a camisa cansado de tantas derrotas e humilhações.

Mas a diretoria agiu. Demitiu o mediocre Estevam Soares e contratou Joel Santana, o “rei do Rio”. O time mudou sua postura e passou a jogar um futebol fechado, cauteloso e que priveligiava as jogadas aéreas.  Surgiram revelações como Caio e o Bota começou a crescer derrotou o Flamengo e o Vasco e conquistou a taça Guananara. Uma recuperação espetacular em poucos meses. E depois dizem que técnico não ganha jogo.

A força do time continuou na Taça Rio. Apesar da surpreendente desclassificação perante o Santa Cruz pela Copa do Brasil a equipe não se abalou e continuou fazendo uma boa campanha no segundo turno do estadual.  Com a vitória sobre o Fluminense nas semifinais mais uma vez a decisão do carioca seria contra o Flamengo, o seu carrasco em 3 anos seguidos.

Tudo parecia caminhar para mais uma derrota e sofrimento para a torcida botafoguense, como aquele trágico  2 x 2 em 2007, em que o juiz anulou um gol legítimo de Dodô.  Mas a sorte mudou de lado em 2010. O Botafogo vencia por 2 x 1 e o juiz marcou um penâlti para o Flamengo. Adriano bateu e Jefferson mudou a escrita do confronto. Finalmente os anos de gozação e humilhação foram dissipados.  E que penâlti foi aquele que el loco Abreu cobrou hein? Isso sim é categoria. Não aquelas paradinhas de merda que os atacantes brasileiros acostumaram a fazer.

Aliás,  El Loco calou a minha boca com as suas atuações. Encaixou como uma luva no esquema do Botafogo e foi artileiro do time com 11 gols. A dupla gringa Abreu-Herrera está dando alegrias a torcida botafoguense com a sua raça e vibração. O brasileiro vem aí.  O campeonato carioca não é  uma grande referência, mas teremos um Botafogo bem mais forte do que o ano passado no torneio nacional.

Quanto a brincadeira no título do post é que o Flamengo ganhou mais um vice campeonato em sua história. É o trigésimo primeiro vice carioca da historia do clube. Recorde absuluto entre todos os grandes do Rio de Janeiro.  Pra quem goza o Vasco e o Botafogo por seus recentes tri-vices campeonatos, o Flamengo não tem muita moral pra falar disso não é mesmo?

A RODADA – 03 e 04/02/2010

05/02/2010

Thiago Ribeiro comemora:massacre no Mineirão

Pois é pessoal. Não tenho tempo pra ficar comentando cada jogo que passa nos estaduais e da Libertadores. Mas dá pra dar pequenas opiniões de uma tacada só. E vai ser sempre assim a não ser que ocorra algo muito especial.  Vamos lá.

O Cruzeiro massacrou o Real Potosi por 7 x 0 no Mineirão pela Libertadores. Era de se esperar já que os bolivianos quando descem o morro não são de nada.  São pernas de pau ao nível do mar. A raposa pinta pra mim como uma das favoritas ao título.

O Corinthians estreiou sua “camisa fúnebre” e perdeu a  sua invencibilidade no Paulista  contra a Ponte Preta. Coincidência?

O “império do amor” quase ruiu ontem no Maracanã. O Olaria quase colocou água no chopp do Flamengo mas o empate classificou o rubro negro para as semifinais da Taça Guanabara.

Aliás todos os 4 grandes do Rio praticamente estão classificados. Que novidade né?  Quem  poderia prever isso?..rs.

O São Paulo jogou bem pela primeira vez no ano e massacrou o São Caetano. A única falha é aquele maldito mando na Arena Barueri.

Goiás e Grêmio ainda sentem o início de temporada. Seus times não estão encaixando. Talvez quando a Copa do Brasil e o Brasileiro começar…

O Palmeiras tropeçou de novo ontem. O colombiano Armero fez juz ao nome e “armou” o gol da Portuguesa. Ele também “armou” o gol de empate do clube alviverde depois de um cruzamento na área. Aliás, mais um. No time de Muricy isso não é novidade.

E o Santos hein? A garotada mostrou serviço mais uma vez e Neymar fez um golaço. Vamos ver como vai ficar quando o Robinho entrar no time.

O CLÁSSICO ROMEU E JULIETA

01/02/2010

Alguém lembra da clássica história de William Sheakespeare? Duas pessoas de famílias rivais que se amam. Pois é, é mais ou menos o que é o clássico Corinthians e Palmeiras hoje. Adversários no papel, mas que na verdade se amam. Pelo menos na cabeça dos dois presidentes dos clubes.

Digo isso porque os atuais presidentes de Corinthians e Palmeiras tomaram o clássico um verdadeiro chá de frescura.  Agora o jogo tem “trofeuzinho”. Tem “elogios” de lado a lado. Tem “amor daqui e acolá. Mas sabemos que o derby paulistano não é um jogo de amizade. Nunca foi e nunca será.

A frescura é tamanha que ambos os lados resolveram não jogar mais no Morumbi. Sabe-se lá porque. Considero isso uma burrice, afinal de contas lá cabe mais gente e consequentemente dá mais lucro ao time mandante. Mas os dois presidentes estão de “birrinha” com o São Paulo e não querem jogar por lá. Ambos preferem se manter “unidos e fortes” contra o domíno do “império do mal”.

Uma babaquice sem tamanho.  Isso ao meu ver só diminuiu os dois times. Quer dizer que para vencer o outro clube adversário você se une a outro rival? E o trio de ferro? Como fica? Futebol se alimenta de rivalidade. Até mesmo a imprensa percebeu que o mais tradicional clássico paulista já não é lá essas coisas como na matéria abaixo.

Note que eu disse, o mais tradicional, porque o clássico de maior rivalidade no Estado hoje é São Paulo x Corinthians. O Palmeiras também valoriza muito a inimizade contra o tricolor quando usa o seu mando no Parque Antártica contra o clube do Morumbi e alivia seu “amiguinho” nunca mandando jogos no Palestra contra o alvinnegro.

Engraçado que jogos contra o São Paulo que são considerados “jogos de risco” são mandados tranquilamente no estádio palmeirense. Já o jogo da “amizade” contra o Corinthians nunca são marcados por lá. Que hipocrisia não? Talvez alguns diretores palmeirenses não percebam. Mas as coisas no futebol mudam muito. O Atlético-MG não tem mais a maior torcida de Minas, o Internacional não tem mais a maior torcida do Rio Grande e o São Paulo é a segunda maior torcida do Estado de São Paulo.

Enquanto o senhor Belluzzo continuar a aceitar as imposições do senhor Sanches isso só vai contribuir contra o Palmeiras, nunca a favor. Só time pequeno aceita esse tipo de coisa.  Ano passado foi coadjuvante da estréia do Ronaldo e ontem tomou fumo depois de 3 anos invicto contra o rival.  Que belo exemplo de preservação ao time hein Belluzzo?  Mustafá já está dando saudades por lá.  Mas até que ambos formam um casal bonito não?

SPARRINGS

18/01/2010

Eu não quero parecer chato e repetitivo mas vejam os resultados de ontem:

Pelo campenato  gaúcho tudo normal, Grêmio e Inter venceram.

No campeonato carioca, tudo normal também, os 4 grandes do Rio venceram.

Pelo Paulista, dois grandes, Palmeiras e Santos estreiaram com goleada. O São Paulo perdeu o clássico contra a Portuguesa  e o Corinthians empatou com o Monte Azul.

Alguém duvida como vai terminar os torneios?

Só se sabe de uma coisa. Naquela relação de títulos que aparece todo ano nas revistas vai aumentar um ponto pra um time grande.

Os pequenos?  São sparrings.

Estaduais nada mais são hoje em dia do que torneios de verão.

Mas tem gente que prefere ver Sertãozinho x Barueri.

Fazer o que?

AMEAÇADOS DE EXTINÇÃO

16/01/2010

campeonatos estaduais: com o tempo esses torneios perderam a sua importância

Começa nesse final de semana a disputa dos campeonatos estaduais de todo o Brasil. Mas a principal pergunta que se faz hoje em dia é que se hoje esses torneios valem a pena.

Antes esses torneios chegavam a ser mais importantes até do que uma Libertadores da América. Mas eram outros tempos. Antes o Brasil era um país continental com enormes dificuldades de locomoção, transportes e comunicações.

Com um país de dimensões continentais é claro que os estaduais ganharam uma grande importância no século passado.  Alguns são tão antigos que rivalizavam com as mais tradicionais ligas européias. Como esquecer a tradição de campeonatos como o Paulista e o Carioca por exemplo?

Mas hoje os tempos são outros. As barreiras de comunicação e transporte não existem mais. Os clubes menos tradicionais e pequenos viraram times de aluguel de empresários ou de qualquer ex-jogador que queira se aventurar no mundo da bola. Perspectiva de crescimento dessas agremiações? Nenhum. Vide o São Caetano que era um clube forte e aos poucos foi definhando, assim como foi com Guarani, que já foi campeão brasileiro e hoje amarga um terceiro rebaixamento para a série B do campeonato paulista. Idem para Ìnter de Limeira (hoje na quarta divisão do estado de São Paulo) e Bragantino ( que ensaia uma recuperação, mas ainda longe da glória dos anos 90).

Sempre gostei dos estaduais e sempre fui contra a sua extinção. Mas vendo como as coisas andam hoje, é difícil não acreditar que isso vai acontecer. Hoje em dia, os torneios regionais dão mais prejuízo do que lucro. Como um clube grande pode sustentar um jogo contra o Monte Azul por exemplo? Como uma partida dessas pode atrair torcedores para um Morumbi ou Pacaembu?

A antiga  Copa do Nordeste era a receita de um grande torneio interestadual no início da década. Com vários clubes fortes do Nordeste, o torneio era um sucesso de renda e público. Mas  por imposição da CBF, o  campeonato foi deixado na gaveta e o Sport Recife tem que jogar contra o Araripina pelo campeonato pernambucano, amargando  um senhor prejuízo no borderô. Uma barbaridade!

O Sport vence o "poderoso" Araripina: prejuízo no borderô

O futebol mudou. Já não faz sentido que clubes grandes do Rio paguem pra jogar contra times de menor expressão como a Cabofriense,  que não  acrescentam nada a um torneio. Hoje em dia a importância de se ganhar um campeonato estadual foi reduzida. O paulistão virou “paulistinha” . Os estaduais viraram meros torneios de verão. Só conta agora na soma, 22, 33, 45 títulos, não importa. O que interessa aos clubes é vencer Brasileiro, Copa do Brasil e Libertadores.

Sinal dos tempos. Já vibrei muito com as conquistas do meu clube no campeonato paulista. Vou continuar vibrando, mas vou ficar muito mais feliz se o meu time vencer uma  Copa do Sudeste por exemplo. Já pensou? Um torneio com Corinthians, São Paulo, Palmeiras, Santos, Flamengo, Vasco, Fluminense, Botafogo, Atlético-MG, Cruzeiro, América-MG e Desportiva Capixaba?

Não seria maravilhoso uma Copa Sul com times como Grêmio, Inter,  Juventude, Coritiba, Atlético-PR, Paraná Clube, Avaí, Figueirense e Cruciúma?

Não seria um torneio mais atrativo  que um campeonato paulista, carioca ou gaúcho  por exemplo?  Fica aí a nossa sugestão!