RESUMO DA ÓPERA 23/05/2013

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Olá leitores. Por causa de um modem quebrado fiquei duas semanas sem poder escrever no blog. Bem, com tudo arrumado poderemos comentar o que aconteceu durante esses dias turbulentos. O resultado? O maior “Resumo da Ópera” de todos os tempos aqui no blog.

As Loucuras do Rei Juvenal

Juvenal: coletiva vergonhosa

Juvenal: coletiva vergonhosa

Todos os internautas que acompanham o meu blog estão cansados de saber que não morro de amores pelo presidente do São Paulo, o intragável Juvenal Juvêncio. O golpe estatutário foi a confirmação de uma ditadura medonha que se apoderou do clube e agora constatamos as trágicas consequências dos conselheiros adotarem um cartola caudilho.

Na semana passada o cidadão afastou 7 jogadores logo após a humilhante eliminação contra o Galo na pior campanha do São Paulo na história da Libertadores.

Os culpados? Atletas que acabaram de se recuperar de graves contusões e outros que mal foram aproveitados no time titular neste primeiro semestre.

Outro imenso atestado de “genialidade” do cartola tricolor, que covardemente aponta “culpados” como se o Cañete tivesse culpa do Lúcio ser um zagueiro transloucado e do Nei Franco sempre colocar o Douglas. Ao expor desnecessariamente alguns jogadores, Juvenal deu uma aula de anti marketing esportivo e desvalorizou o próprio produto.

A atitude de Juvêncio, claramente demagógica é uma imensa piada de mau gosto e revela porque o tricolor paulista perdeu o baluarte do pioneirismo para outros clubes do futebol brasileiro. Como previmos, o terceiro mandato do atual presidente são paulino se tornou um desastre e o torcedor são paulino vai ter que aturar muitas besteiras até Abril de 2014 infelizmente.

O Trio de Ferro Dançou na América

Riquelme: o carrasco do Brasil na Libertadores

Riquelme: o carrasco do Brasil na Libertadores

Depois da eliminação do São Paulo na Libertadores, mas dois times do chamado “Trio de Ferro” de São Paulo também não conseguiram passar para as quartas de final da Libertadores.

O Palmeiras com um time limitadíssimo chegou até longe na competição. Sem nenhuma grande estrela e contando apenas com atletas dedicados e esforçados, o clube do Parque Antártica tinha chance de superar os estreantes do Tijuana. Mas uma falha grotesca do goleiro Bruno pôs tudo a perder. O time de Gilson Kleina que já era mediano, não teve a capacidade de reagir. Somente “raça” e “sangue nos olhos” não ajudam a vencer uma partida de futebol. É necessário também aprender a chutar, a dar passes precisos e ter um pouco de talento. Caso contrário, que se monte uma equipe de atletismo e não um time de futebol. A triste realidade da série B chegou de vez ao Verdão. Que saia dessa com dignidade a partir de agora.

Bruno: frango avassalador

Bruno: frango avassalador

O Corinthians, atual campeão do mundo foi eliminado pelo Boca Juniors na Taça Libertadores da América. Em parte porque fez uma péssima partida no estádio La Bombonera no jogo de ida. Porém na volta, o responsável pela desclassificação alvinegra se chama Carlos Amarilla. O árbitro, considerado um dos melhores da América do Sul deixou de dar dois pênaltis para os comandados de Tite. Para piorar os auxiliares Cárlos Cáceres e Rodney Aquino marcaram impedimentos absurdos que alijaram o clube paulista na partida. Riquelme num lindo lance encobriu Cássio e marcou o primeiro gol. O espetacular Paulinho empatou, mas o conhecido estilo de jogo do Boca de Bianchi prevaleceu. Não há muito mais o que comentar. Até porque o resultado foi artificial e o árbitro interferiu descaradamente.

Carlos Amarilla: arbitragem vergonhosa

Carlos Amarilla: arbitragem vergonhosa

Isso é ponto pacífico no blog desde o ano passado. As arbitragens da América do Sul são péssimas e estão prejudicando os clubes brasileiros em demasia. O Corinthians foi mais uma vítima da incompetência dos sopradores de apito da Conmebol.

Kaká e Ronaldinho Gaúcho. Para Que?

Kaká e Ronaldinho Gaúcho: preteridos

Kaká e Ronaldinho Gaúcho: preteridos

A não convocação de Kaká e Ronaldinho Gaúcho para a Copa das Confederações repercutiu. Muitos torcedores e jornalistas não entenderam o porque dos dois atletas não estarem na lista que vai ao torneio de Junho já que ambos tem experiência de sobra se tratando da camisa canarinho.

Porém não é preciso fazer uma análise profunda e descobrir porque ambos não foram relacionados por Scolari.

Ronaldinho Gaúcho teve uma grande fase na seleção brasileira de 2002 até 2005. Depois da Copa de 2006 o seu futebol degringolou e o atual jogador do Atlético Mineiro se mostrou um atleta baladeiro e desinteressado em atuar com a camisa do Brasil. Com atuações medonhas, o prestígio dele com o treinador Dunga decaiu depois do fracasso na Copa da Alemanha. Nem mesmo a “carteirada” que Ricardo Teixeira deu na Olimpíada de Beijing fez o futebol de Gaúcho melhorar. O resultado é que ele não foi chamado para a Copa de 2010 e seu comportamento fechou as portas da Europa para ele. Mesmo voltando a jogar bola no Brasil depois de uma passagem turbulenta pelo Flamengo, Ronaldinho Gaúcho foi convocado para a seleção e continuou com a mesma apatia e falta de liderança. Scolari o convocou para o amistoso contra a Inglaterra e não gostou nada do que viu. Talvez seja um recado velado ao atleta. Talvez não. Conhecendo o modo de pensar de Felipão pode ser que os dias de Ronaldinho Gaúcho com a camisa da seleção estejam definitivamente acabados.

Kaká teve uma grande fase no Milan em 2007. Ajudou a equipe Rossoneri a faturar o quarto título mundial e foi escolhido o melhor jogador do mundo no mesmo ano. Mas parou por aí. Kaká, a exemplo de Gaúcho também alternou bons e maus momentos com a seleção. Não foi um primor nas duas copas que disputou em 2006 e 2010 e atualmente é reserva no Real Madrid sem repetir as grandes atuações do passado. Kaká também parece não se preocupar com a sua carreira na parte técnica e sim financeira. Tanto faz se ele poderia atuar no Brasil e melhorar seu futebol para voltar a seleção. O bom mesmo é ficar na reserva do Real e continuar a ganhar milhões de euros. Kaká perdeu o foco.

As seguidas contusões e a atuações pífias no Real atrapalharam uma possível convocação.

Isso significa que os dois estão descartados? Provavelmente. Talvez Scolari esteja fazendo um teste de fogo para os novatos, talvez não. Mas é impossível saber o que se passa dentro da cabeça do treinador gaúcho.

Lembremos que ele deixou de convocar Alex com quem trabalhou no Palmeiras para chamar Edílson para a Copa de 2002 . O mesmo que fez as provocantes embaixadinhas na final do campeonato paulista de 1999 e que inclusive foi xingado por Scolari numa palestra captada pelo microfone de repórteres. Vai entender…

Finais dos Campeonatos Estaduais

Corinthians:hegemonia em São Paulo

Corinthians:hegemonia em São Paulo

Num dos campeonatos paulistas mais desinteressantes de todos os tempos, venceu o time com melhor capacidade. O torneio foi se arrastando ao longo de 3 meses com poucos jogos relevantes e fracasso vergonhoso de público. Os estaduais são cadáveres insepultos do futebol brasileiro e pelo andar da carruagem os bizarros cartolas continuarão a atrapalhar o calendário como zumbis do Walking Dead.

O Corinthians chegou a final na base do banho maria, pois se preocupou mais com a Taça Libertadores. O Santos de Muricy, mal se sabe como foi para a decisão pois tinha um time limitado e com um Neymar pouco inspirado e irritado pelas badalações em torno da sua vida profissional e privada.

No primeiro jogo no Pacaembu, o treinador santista abusou do “Muricybol “e colocou Marcos Assunção para fechar o meio de campo e aproveitar as bolas paradas como é do feitio de todos os clubes dirigidos pelo Muricy.

Porém, o Corinthians deu um banho no Santos. Não fosse o goleiro Rafael o Peixe teria saído de São Paulo com uma goleada. O alvinegro da capital deu um banho tático e Paulinho atuou monstruosamente. Neymar foi anulado. Na Vila na segunda partida da decisão, não foi muito diferente. Apesar do ímpeto inicial e do gol de Cícero, o Corinthians controlou as ações da partida. Danilo empatou logo em seguida e teve toda a tranquilidade para afastar as investidas santistas até o apito final. Destaque negativo para as lamentáveis cenas de pancadaria realizado pela Polícia Militar antes do início do jogo. Às vésperas de uma Copa das Confederações é lamentável que ainda se veja momentos escabrosos assim.

É o vigésimo sétimo titulo paulista do time do Parque São Jorge. O maior campeão paulista do século passado e por enquanto deste centenário também. O Santos não fez nada de relevante durante todo o torneio para repetir o feito do Paulistano, por enquanto o único time que conseguiu faturar o tetracampeonato paulista. O troféu está em boas mãos.

Quanto aos outros estaduais não houve maiores novidades.

Botafogo: título de cabo a rabo.

Botafogo: título de cabo a rabo.

O Botafogo ganhou de braçada no Rio. Em parte porque Vasco e Flamengo enfrentam sérios problemas administrativos e o Fluminense quase pedia pelo amor de Deus para não participar da competição. Ponto para a postura de Clarence Seedorf que jogou no time da estrela solitária como se fosse um garoto e estivesse atuando no sub-20 do Ajax. Um profissionalismo invejável e que serve de exemplo para muitos garotinhos mimados a leite com pera que se alastram como peste no futebol brasileiro.

Em Minas… Ah! Que novidade… A final foi entre Atlético Mineiro e Cruzeiro. Deu Galo, bicampeão mineiro.

Em Goiás…deu Goiás.

No Ceará…deu Ceará.

No Rio Grande do Sul deu Internacional. O primeiro título de clube do treinador Dunga e que a exemplo do Botafogo ganhou de braçada o título do Gauchão. Ponto negativo para o badalado Grêmio de Vanderlei Luxemburgo que apesar de fazer contratações milionárias não conseguiu chegar à final dos dois turnos.

Dunga: primeiro título regional

Dunga: primeiro título regional

No Paraná outra super novidade (Modo Irônico Ligado). O Coritiba ganhou o seu quarto título estadual seguido em cima de seu maior rival. Nem tanto, pois estranhamente o presidente Mauro Celso Petraglia fez o time do Atlético Paranaense atuar no torneio com seu  Sub-20.

Agora me falem qual o propósito de deixar o time titular encostado e não pegar ritmo de jogo para o campeonato brasileiro que começa na semana que vem?

Será que Petraglia esconde um super time para o torneio nacional? Teremos um novo Barcelona jogando no Sul do país? Aguardemos.

Na terra de todos os santos, o Vitória conquistou o torneio estadual. Mas não precisava humilhar tanto o Esporte Clube Bahia. No primeiro jogo da decisão um histórico 7 x 3. Isso porque nas fases anteriores o rubro negro já havia metido 5 x 1 na Arena Fonte Nova. Fora a chuva de caxirolas em outra derrota do tricolor baiano por 2 x 1.

Se antes dos anos oitenta o Bahia era o time hegemônico no estado, hoje a situação é bem diferente. A partir dos anos noventa o Leão da Barra começou a equilibrar as conquistas pau a pau com o seu adversário. Porém a partir dos anos 2000 o Vitória começou a prevalecer no estado. São 9 títulos do rubro negro contra apenas dois do Tricolor de Aço.

Em tempo, não sou contra o fim dos estaduais. Apenas defendo que se diminuam as datas dos mesmos. Campeonatos desinteressantes e semimortos não podem se arrastar por 3 meses como se tivessem a mesma importância do passado.

O glamour desses torneios virou história. Insistir em reviver algo que não pode ser repetido é um imenso atestado de burrice, atraso e teimosia.

4 Respostas to “RESUMO DA ÓPERA 23/05/2013”

  1. Rivelino Santos Says:

    Parabns pelo texto.Um resumo muito interessante e bem elaborado.Um abrao do seu amigo Rivelino.

    Date: Thu, 23 May 2013 23:08:37 +0000 To: rivelino.futebol@hotmail.com

  2. Marcelo Abdul Says:

    Obrigado Rivelino. Abraços.

  3. everson freitas Says:

    ABDUL QUE TIME VC TORCE

  4. Marcelo Abdul Says:

    São Paulo

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